Estou longe. Os meandros de Coimbra são agora memórias que dançam e que me afagam nos momentos mais frios e sós. Sinto saudades tuas, Coimbra, de me mesclar nos teus odores de pedra velha, de me imiscuir nos sabores do teu ar sempre primaveril, de peregrinar pelos teus braços sinuosos e seculares. O desenraizar foi difícil e aqui onde estou, por mais que tente o contrário, sinto-me constantemente fora do meu habitat, se assim se pode dizer. O Porto assemelha-se um pouco contigo mas ainda não tive oportunidade de me demorar nas suas vielas para as poder amar profundamente. E depois albergas toda a minha história, toda a minha raiz afectiva, os meus amigos, os meus heróis, os meus pais. Alguém me disse um dia "Não consegues cortar o cordão umbilical". Acho que nunca o conseguirei. Mas afinal..."Coimbra tem mais encanto
Na hora da despedida...".
(Foto: Teresa Garcia)
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