quinta-feira, julho 13, 2006

The Haunting


O filme The Haunting, do realizador Robert Wise, é, para mim, um dos melhores filmes de terror de sempre, inserindo-se, obviamente nos grandes clássicos. Realizado em 1963, o filme apresenta-nos uma casa invulgar, cujos habitantes tiveram sempre histórias de vida trágicas. Um cientista quer provar a existência de fantasmas e decide, então, convidar algumas pessoas (um céptico, uma vidente e uma jovem mulher com capacidades psíquicas fora do normal) para habitar a casa de Hill House durante um certo período de tempo. Um filme onde predomina o horror invisível mas audível e onde cenas clássicas atormentam até hoje a memória de quem o viu. Falo, por exemplo, da cena em que Eleonor sobe à aterradora escada em caracol e também de uma outra cena em que Eleonor e Theo estão no quarto, à noite, e presenciam a fúria da casa de Hill House. Existe ainda uma outra cena arrepiante em que Eleonor acorda com o som de risos infantis e diz a Theo para lhe segurar a mão. No entanto, apercebe-se, no final, que não esteve a segurar a mão de Theo mas sim de uma entidade espiritual. Considero o filme um dos mais bem feitos de sempre, dentro do género, devido ao facto de sugerir o terror, através do som e não o mostrar. De notar que o remake deste filme, realizado por Jan de Bont, em 1999, é uma tentativa falhada de imitação do filme de Wise. Este acaba por mostrar mais do que realmente devia, tal como a maior parte dos filmes de terror actuais. Parece-me, de facto, que o filme de 1963 foi de facto um dos grandes clássicos de terror de todos os tempos, apesar de apreciar, de vez em quando, um Dracula de Bela Lugosi ou de Christopher Lee, um Poltergeist de Spielberg ou até mesmo um The Shining do Kubrick. De sublinhar o facto do filme Blair Witch Project se aproximar um pouco do The Haunting de Wise por sugerir o terror apenas pelos sons terríveis na noite e o invisível.

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