sexta-feira, junho 30, 2006

Anos 80 III


É que não consigo parar de falar sobre a década de 80. Foi ontem e o Bruce Springsteen foi o culpado. A caminho do trabalho, trauteei com todas as forças o fantástico "Glory Days". Obviamente que não pensei em mais nada a não ser escrever mais um texto sobre os anos 80. Falei já de brinquedos, de séries animadas mas ainda não dediquei um tempinho às séries que passavam naquela época. Lembro-me de passar os serões de Domingo, na casa dos meus avós, a sorver os episódios de Dallas, balançando-me ao som da sua música inicial. Depois recordo mais uma "soap opera" da época - Falcon Crest - também uma saga de família cuidadosamente analisada por nós aos fins de semana. Por vezes, nas minhas brincadeiras de criança, incluía o rodopiar vigoroso da "Super Mulher", interpretada por Lynda Carter. E será possível alguma vez olvidar a criatividade de "Man from Atlantis", onde Patrick Duffy interpretava a personagem de homem-peixe aventureiro!?!?! Engraçado é que algumas destas séries que passam agora na SIC Radical não me suscitam qualquer interesse, excepto o fantástico e hilariante "The Love Boat", cuja música ainda se passeia pelos corredores da memória de qualquer trintinha que se preze. O simpático e romântico "doc", a prestável Julie, os sempre bem-humorados "Gopher" e Isaac e o charmoso capitão Merril e a sua perspicaz filha Vicky. Outra série conhecida e inolvidável era o "Star Trek" e a sua equipa de astronautas exóticos! Escusado será dizer que Spock era uma das personagens favoritas. Série de grande qualidade, foi novamente mostrada ao público através da SIC Radical. Recordo ainda a série "Os três duques", onde três jovens rebeldes americanos faziam tropelias e andavam sempre fugidos à polícia. Não posso terminar este post sem lembrar uma das melhores séries juvenis que vi até hoje - "Verão Azul". Episódios sempre frescos, filmados no Sul de Espanha - Nerja, onde os valores da amizade eram constantemente abordados, para além de episódios dedicados às aventuras dos jovens. Relembro apenas o nome das personagens e uma fotografia da série: o velho e experiente Chanquete, o caçula Tito, a jovem de óculos Bea, Javi, Pancho, Quique, Desi e Julia.

quinta-feira, junho 29, 2006

Deixando histórias por aí...


Soube, através de uma leitura descontraída de um jornal na praia, do Bookcrossing. "Leva, lê e liberta". Sem dúvida, apelativo. O objectivo é deixar um livro, que tenhamos na prateleira a ganhar pó, algures por aí, deixando, antes, as coordenadas num site próprio para o efeito.
Sou um pouco agarrada aos livros, gosto de vez em quando de os tirar da prateleira, de rever frases e partes específicas das histórias, gosto de lhes sentir o perfume e o corpo rugoso nos meus dedos. Deixei o meu primeiro livro há quase três anos num banco do Jardim Botânico, em Coimbra. Cuidadosamente envolto num saco de plástico por causa de uma chuva hipotética, lá o abandonei ali naquele mundo verde à espera que ganhasse novo dono. Não esperei. Regressei a casa, um pouco culpada por tê-lo deixado só. Passados alguns dias, e para minha surpresa, apercebo-me de que o meu livro tinha sido agarrado por alguém. Foi lido e libertado, depois de um tempo. E foi em Lisboa que lhe perdi totalmente o rasto.
O Bookcrossing é saber dar, partilhar os livros e as ideias e até mesmo os nossos gostos. O Bookcrossing é dar vida a um livro empoeirado e talvez esquecido atrás de tantos outros empilhados nas nossas infindáveis estantes. É esperar ansiosamente pela chegada de um novo livro à nossa caixa de correio, habitualmente grávida de cartas das finanças ou dos bancos. É saber um pouco de cada livro, da sua história, das suas experiências e viagens. O Bookcrossing é, sem dúvida, uma aventura do acto de ler, agora tão maltratado pelas estatísticas no nosso país. O Bookcrossing contraria as estatísticas e dá liberdade aos que pretendem ler e partilhar.

quarta-feira, junho 28, 2006

O Código Da Vinci

Um misto de realidade e ficção, um soltar de teorias diversas que nos faz pensar um pouco mais nas nossas vivências, experiências e, acima de tudo, nas nossas crenças. Um filme que pulula por vários recantos europeus, acabando por nos dar ideias para umas certas viagens e locais. Penso que a escolha de actores foi acertada, na medida em que cada um, um pouco à sua maneira, esboçou na tela, um pouco da personagem que deambulava pelas páginas de Dan Brown. De notar que nunca teria imaginado o actor Tom Hanks a transformar-se num professor de história de arte aventureiro, já que as personagens que interpreta se inserem quase sempre em mundos dramáticos ou românticos (talvez tivesse pensado mais num Harrison Ford). No entanto, de louvar a sua excelente performance ao lado de uma "Amélie Poulain" um pouco mais séria e pragmática. Provavelmente, começa agora a delinear-se um novo caminho de sucesso profissional para tão jovem actriz francesa! Um filme que fez também emergir o meu gosto antigo pela arqueologia e a vontade de procurar mais sobre teorias meramente hipotéticas mas, sem dúvida, curiosas.
Penso que em termos de pontos fracos apenas consegui aperceber-me de um: uma variedade de temas históricos despejados de forma descontínua ao longo de todo o filme, acabando por confundir um pouco os espectadores, especialmente os que ainda não leram o livro.

segunda-feira, junho 12, 2006

Chá ou café?


Parece-me que estou a alterar alguns hábitos. Comecei a substituir os meus chás nocturnos por cafés muito softs. A verdade é que aqueles sabores já me começam a cansar: ou é tília, ou é camomila, ou é cidreira... Depois, de vez em quando, naquelas tardes calmas de Primavera, opta-se por um chá de maçã ou de pêssego, para variar. A verdade é que há chás para todos os momentos: os chás nocturnos normalmente são os de cidreira, de camomila ou de tília. Depois os chás das visitas são os mais invulgares: o de maçã ou de pêssego, ou então os tradicionais, dependendo do gosto de cada um ou até mesmo das idades! Normalmente as pessoas mais velhas, à pergunta "Qual é o chá que vai tomar?", optam sempre pelo chá mais tradicional: o de cidreira. As gerações mais novas, as pertencentes aos trintinhas, optam pela novidade. "O que é que tens aí?" é a pergunta mais frequente. Um tio meu, viciado nesta bebida secular, deu-me a conhecer uma altura o chá de caramelo mas nunca tive a coragem de o experimentar! Uma grande amiga falou-me de um chá de chocolate, que descobriu no estrangeiro, mas deu-me a provar um dos melhores chás que já provei até hoje - o chá de jasmim.
Lembro-me, no entanto, dos chás da tarde, em casa da minha avó, acompanhados com torradinhas barradas com manteiga Planta; lembro-me dos chás confortantes em época de revoluções emocionais que acabavam até por contaminar o próprio corpo; recordo-me dos chás com as amigas nos cafés de Coimbra; o chá companheiro nas horas de estudo e recordo-me, acima de tudo, da hora tradicional do chá nocturno em casa dos meus pais.
O café só mesmo em casa. O da cafeteira. Primeiro, o odor do café arrumado no seu pote próprio; depois a cafeteira a fumegar e a perfumar-me a casa; finalmente, o gosto amargo daquele café meigo adoçado com um quadrado de chocolate.
(Foto:Teresa Garcia)

Avarias...

Será possível que eu não consiga colocar imagens nos meus posts? Já desde inícios de Junho que não é possível tal coisa... é um desespero! Esperemos por melhores dias...

quinta-feira, junho 01, 2006

Hoje é dia da criança!


Hoje celebra-se o Dia Mundial da Criança. Engraçado como dantes a minha mãe sempre me dava qualquer brinquedinho neste dia, ou um set de louça de porcelana em miniatura, ou uma bonequinha bébé dentro de uma caixinha de fósforos, ou uns legos... Era sempre um dia fabuloso e havia sempre um brinquedo novo a entrar em minha casa! O que é necessário é que nos recordemos também de todas aquelas crianças que são maltratadas fisica e psicologicamente por esse mundo fora e que nos lembremos de cultivar a criança que permanece em nós! E pensarmos, de vez em quando, em obedecer-lhe. Acho que devia ser uma prática quotidiana, mesmo quando achamos que o tempo escoa por entre os nossos dedos, que nem areia fina da praia.
(Foto:Teresa Garcia)