sábado, setembro 20, 2008

Douro



Foto (Teresa Garcia)



















Os rios são os espelhos de Deus.
Douro.
Ao longe, o badalar bucólico dos rebanhos e naquele silêncio constante só o rasgar metálico do comboio ou o esboço suave de um barco turístico poderá inquietar a quietude da paisagem.
Neste anfiteatro esverdeado, casarios perdidos que se miram narcisicamente nas águas durienses.
O cacarejar dos galináceos interrompe, por vezes, o rumorejar meditabundo das águas.
Talvez agora compreenda o porquê de Eça de Queirós ter escolhido estes cenários para se recolher nos dias de maior inspiração.
O cabelo farto dos montes que a calvície dos píncaros inveja...