http://www.youtube.com/watch?v=DVNr3XE_9Mw
T.P.
domingo, dezembro 14, 2008
sábado, dezembro 13, 2008
Le voyage...
Tu es partie
Ce qui reste
La mémoire
De ta force
De ton rire
De ton bleu regard.
Tu es partie
Ce qui reste
La solitude,
L'immense douleur
Du vide.
Tu es partie
Et je me perds
Dans la mer
De mes larmes.
Tu es partie
Mais ton chemin
M'inspire toujours
Et ta voix
Un écho
Dans les couloirs
De ma mémoire.
Teresa Pêgo
Ce qui reste
La mémoire
De ta force
De ton rire
De ton bleu regard.
Tu es partie
Ce qui reste
La solitude,
L'immense douleur
Du vide.
Tu es partie
Et je me perds
Dans la mer
De mes larmes.
Tu es partie
Mais ton chemin
M'inspire toujours
Et ta voix
Un écho
Dans les couloirs
De ma mémoire.
Teresa Pêgo
A Mulher Azul
No olhar azul
Um mergulho profundo
No olhar de Medusa
Um hipnotismo constante.
No olhar feito de mar
A sensibilidade
Abraçada à versatilidade
Escondida
Numa timidez mascarada.
No sorriso azul
A doçura maternal
Do ensinamento
Dos primeiros passos.
Teresa Pêgo
Um mergulho profundo
No olhar de Medusa
Um hipnotismo constante.
No olhar feito de mar
A sensibilidade
Abraçada à versatilidade
Escondida
Numa timidez mascarada.
No sorriso azul
A doçura maternal
Do ensinamento
Dos primeiros passos.
Teresa Pêgo
sábado, setembro 20, 2008
Douro
Foto (Teresa Garcia)

Os rios são os espelhos de Deus.
Douro.
Ao longe, o badalar bucólico dos rebanhos e naquele silêncio constante só o rasgar metálico do comboio ou o esboço suave de um barco turístico poderá inquietar a quietude da paisagem.
Neste anfiteatro esverdeado, casarios perdidos que se miram narcisicamente nas águas durienses.
O cacarejar dos galináceos interrompe, por vezes, o rumorejar meditabundo das águas.
Talvez agora compreenda o porquê de Eça de Queirós ter escolhido estes cenários para se recolher nos dias de maior inspiração.
O cabelo farto dos montes que a calvície dos píncaros inveja...
quarta-feira, novembro 21, 2007
Avô
A tua vida pintou a minha.
Emaranhava-me na confusão de pernas, quando tentavas ensinar-me o b a ba das primeiras marchas. Seguia de olhar atento o teu dedo espetado em todas as direcções porque tudo te maravilhava. Sempre me encantou a tua curiosidade, a tua jovialidade que, a passos lentos, e ajudada pelo bordão da experiência, percorria as entranhas tépidas da tua querida Coimbra.
Conheci-te sempre com esse olhar de criança ávida do saber. Aprendi-te. Empunhando a bandeira da responsabilidade, educaste quatro crianças, abandonaste uma vida impregnada de luta e de odor tropical e soubeste, com humildade, seguir um trilho que tu coagias a sorrir-te. Debaixo de um intenso cheiro a torradas com manteiga Planta, acompanhadas com o chá de fim de tarde feito pela tua mulher, elogiavas, com o olhar, o Mondego. Como banda sonora, o rodar metálico dos carros na Rua da Alegria e o cantar melancólico do canário amarelo, cujos frequentes bungee jumpings o fortaleciam ainda mais.
A tua vida pincelou a minha.
Personalidade forte, detentor de sonoras gargalhadas, trabalhador incansável, com a caligrafia burilada no Curso Comercial. Seguidor fiel dos passos dos descendentes, devorador impaciente da actualidade empilhada nos sofás da sala. De dia, guardavas a loja que, para mim, se assemelhava a um recanto mágico, repleto de doces e literatura; de noite, subias a gemebunda escadaria de madeira e anunciavas a tua chegada.
Apesar de inconsciente do teu estado, a velhice pregou-te uma partida e anunciaste, sempre de sorriso e postura firme, a tua partida. Restam odores de alegria, olhar negro de uma vivacidade infantil incomparável e aquela saudável curiosidade e sofreguidão pelo saber que nos contagiou. Memórias bramem no mar da saudade...
Teresa Pêgo
sexta-feira, novembro 02, 2007
Avô
Nas ruas empedradas
O eco do teu riso
Permanece.
Nos meandros da infância
Recordações
Pululam.
Agora,
Vestígios de memórias...
O riso constante,
A voz rouca, pausada,
A curiosidade que te assolava
Em cada canto da cidade.
Teresa Pego Garcia
A ouvir...
http://www.youtube.com/watch?v=GgH15wIJeZg&feature=related
O eco do teu riso
Permanece.
Nos meandros da infância
Recordações
Pululam.
Agora,
Vestígios de memórias...
O riso constante,
A voz rouca, pausada,
A curiosidade que te assolava
Em cada canto da cidade.
Teresa Pego Garcia
A ouvir...
http://www.youtube.com/watch?v=GgH15wIJeZg&feature=related
segunda-feira, março 05, 2007
Romantismos
Que é isto
Se não um
Feitiço lunar
Que me alumia
Teimosamente
Este caminho tortuoso,
Infestado de
Braços floridos,
De ciprestes dançantes,
De pináculos fantasmagóricos
De um qualquer
Castelo medieval?
Que é isto
Se não um bruxedo
Delicioso
Que provo lentamente,
Emaranhando-me
Nos tecidos vivos
Da paixão?
Embrenho-me nesta floresta
Repleta de sussurros
Melífluos
Que me assolam
E me consolam
A alma
Enviesada.
Teresa Garcia
Se não um
Feitiço lunar
Que me alumia
Teimosamente
Este caminho tortuoso,
Infestado de
Braços floridos,
De ciprestes dançantes,
De pináculos fantasmagóricos
De um qualquer
Castelo medieval?
Que é isto
Se não um bruxedo
Delicioso
Que provo lentamente,
Emaranhando-me
Nos tecidos vivos
Da paixão?
Embrenho-me nesta floresta
Repleta de sussurros
Melífluos
Que me assolam
E me consolam
A alma
Enviesada.
Teresa Garcia
terça-feira, janeiro 30, 2007
Embriaguez

Uma nesga de fim de tarde
De um gélido e inconstante
Róseo esbatido
E eu,
Enclausurada,
De janelas entreabertas
E cabelos
Perdidos
Sobre a mesa.
Sinto-me submergir
Num interior
De demências coloridas.
Embriago-me
Com um copo
Do teu sorriso,
Delicio-me
Com o sabor
Da tua voz
E deixo-me
Pairar
Noutra dimensão,
Pincelada
Por mim.
Teresa Garcia
(Foto: Teresa Garcia)
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